Solenidade de São Pedro e São Paulo

Esse último domingo é chamado de Dia do Papa, em que a Igreja comemora o martírio de São Pedro e São Paulo. Em um texto antigo se lê: “Em Roma, o nascimento no céu dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, que sofreram sob o imperador Nero. O primeiro foi crucificado nessa cidade, de cabeça para baixo e sepultado no Vaticano, junto à Via Triunfal, onde é venerado por todo o universo. O segundo foi decapitado e sepultado no caminho de Óstia, onde recebe as mesmas honras” (Martirológio Romano). São Pedro e São Paulo amavam Jesus Cristo ardentemente: por isso, deram a sua vida por Ele. São Pedro assume até a morte o papel de cabeça visível da Igreja: ele é quem toma a palavra no dia de Pentecostes. São Paulo vai ser o Apóstolo das Gentes e proclamará o Evangelho em muitas cidades da antiguidade até chegar também a Roma.

É vontade expressa de Cristo de que Pedro fosse o primeiro Papa: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus” (Mt 16,18).

Jesus centraliza a autoridade em Pedro. Mesmo sabendo que ele é fraco, quer apoiar-se em Pedro, porque a vocação é anterior e independente dos méritos. Depois da Ressurreição, vai confirmar a missão de Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo 21,20). Confere-lhe a jurisdição de pastor e chefe supremo de todo o seu rebanho. Jesus garante-lhe a fortaleza, para que Pedro não se surpreenda quando tropeçar com a evidência da sua fragilidade. Jesus renova-lhe a promessa do primado momentos antes da Paixão: “Simão, Simão, olha que satanás vos reclamou para vos joeirar como o trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos” (Lc 22,31-32). Mesmo apesar da queda, a fé de Pedro não vacilará, por estar garantida pela intercessão do Mestre. Esta oração de Cristo cumpriu-se em Pedro, que foi valente e derramou seu sangue pelo seu Senhor e também sustenta todos os seus sucessores.

Pedro exerce o Primado e se sustentou desde o início na promessa da assistência de Cristo e na oração de todos os fiéis cristãos por ele. Isso se tornou expressamente claro no episódio da sua libertação das correntes na prisão. Quando São Pedro estava na prisão, os Atos dos Apóstolos nos relatam que “a Igreja orava insistentemente por ele a Deus” (Atos 12,5). Até hoje se podem ver essas correntes na igreja São Pedro in vinculi, em Roma, próxima ao Coliseu. Depois da sua libertação milagrosa, Pedro vai fixar sua morada em Roma, onde morrerá martirizado no ano 67 d.C. Vemos que toda a comunidade cristã rezava insistentemente por Pedro, quando foi preso. Vamos rezar pelo Papa e seus colaboradores. Pedir pela sua pessoa e suas intenções. Santa Maria, Mãe da Igreja, intercede pelo nosso Papa Francisco!

guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários